quarta-feira, 12 de outubro de 2016

5 - GREGO / MACEDÔNICO

7 POTÊNCIAS MUNDIAIS DESCRITAS NA BÍBLIA (SÉRIE)




Sumário: Introdução. I – História da Grécia. II -Alexandre Magno. III – Geografia da Grécia. IV – Os gregos e os judeus. V – Fim do Império Grego.

INTRODUÇÃO
A Grécia é o berço da civilização ocidental. Dos gre­gos, herdamos a democracia, a concepção clássica das ar­tes e, principalmente, a filosofia. Não obstante a exigüidade de suas possessões geográficas, a antiga Grécia continua a nos influenciar. Não fossem os helenos não haveria a tra­dicional divisão do mundo entre Ocidente e Oriente.

Amantes da liberdade e acostumados às discussões ao ar livre, os gregos legaram-nos um inestimável tesouro – as bases de nossa civilização. Eles, ao contrário dos indianos, chineses e outros povos orientais, discutiam racionalmente todos os assuntos pertinentes à “polis”, – cidade, em gre­go. Acariciados pelos ventos elísios, deleitavam-se em perquirir e filosofar. Tornarem-se amigos da sabedoria – eis a sua maior ambição.

Sob essa atmosfera, tão propícia ao desenvolvimento do espírito, surgiram grandes gênios: Tales, Empédocles, Pitágoras, Sócrates, Platão, Aristóteles e muitos outros. Visando ao desenvolvimento integral do ser humano, os gregos não se preocupavam apenas com a mente. Volta­vam-se, com o mesmo afinco, ao aprimoramento físico. É comum, pois, vislumbrarmos nas esculturas áticas verda­deiros Adônis e Vênus.

Sob o comando de Alexandre Magno, esse ilustre povo conquistou o mundo influente de então e espalhou sua cul­tura por todas as terras. Foi esse soberano macedônio quem destruiu o Império Persa. As façanhas desse jovem e audaz monarca tornaram-se proverbiais.

I – HISTÓRIA DA GRÉCIA
A Grécia antiga estava dividida em cidades-estados. Sem coesão político-administrativa, esses pequenos e até diminutos países estavam em constantes alterações. Haja vista as repetidas escaramuças entre Esparta e Atenas. Os gregos eram unidos somente por laços culturais e religio­sos. Quando o perigo os ameaçava, firmavam, porém, alianças provisórias.

Filipe II e Alexandre Magno (moedas)
  O Século V a.C, marca o auge da Grécia. Nessa longínqua época, Péricles assume o comando político de Atenas e começa a apoiar, maciçamente, os empreendi­mentos culturais. Brilhante orador e possuidor de invulgar gênio administrativo, transforma a capital da Ática na mais importante cidade do mundo.

Em meio a tão viçosa democracia, despontam os filó­sofos, escultores, pintores, dramaturgos, poetas, arquite­tos, médicos, etc. Essa importantíssima Era da história grega passa a ser conhecida como o Século de Péricles. Ja­mais os helenos voltariam a presenciar tanto desenvolvi­mento e tamanha glória.
No século seguinte, os gregos tornam-se alvo das in­tenções hegemônicas de Felipe II da Macedônia.

II – ALEXANDRE MAGNO
Limitando-se ao sul com a Grécia, a Macedônia esta­va destinada a dominá-la e a encabeçar o domínio heleno do mundo. Seus habitantes, à semelhança dos gregos, eram de origem indo-européia. A cultura macedônia, con­tudo, é considerada bem inferior à grega. Nesse país, cuja área é ocupada hoje pela Iugoslávia, nasceu Felipe II.

Estátua de Alexandre, o Grande
  Capturado por um bando de gregos, em meados do Sé­culo Quarto a.C, esse irrequieto macedônio é levado a Tebas, onde domina as artes bélicas da Grécia. Em seu exílio, elabora audaciosos planos: modernizar os exércitos da Ma­cedônia e unir todos os helenos sob o seu comando. Eis sua grande obsessão: subjugar o Império Persa. De volta à sua terra, dá largas às suas pretensões hegemônicas. Em pouco tempo, transforma as forças armadas macedônias em uma eficaz e formidável máquina de guerra. Com ímpeto, do­mina as cidades-estados gregas.

Entretanto, quando se preparava para atingir o auge de suas realizações militares, é assassinado. Deu-se o desenlace durante as núpcias de sua filha e às vésperas de in­vadir a Ásia Menor. Prematuramente tolhido por tão bár­bara fatalidade, desaparece sem dar consecução aos seus ambiciosos planos.

Caberia ao seu filho concretizar-lhe os ideais.

“Um dos maiores gênios militares de todos os tem­pos”. Assim é descrito Alexandre Magno. Nascido em 356 a.C, teve uma primorosa educação. Seu preceptor foi, nada mais nada menos, que Aristóteles. Aos pés do mais exato dos filósofos gregos, o príncipe macedônio universali­za-se. Com o alargamento de sua visão do mundo, passa a contemplar a humanidade como uma só família.
Como, porém, concretizar esse ideal?

Conquistador inato e guerreiro audaz, declara sua in­tenção: conquistar a Terra. Não obstante seus 20 anos, reafirma sua autoridade sobre os gregos e, à testa de um exército de 40 mil homens, marcha em direção aos persas. Com fúria sobre-humana, derrota Dario Codomano, que possuía uma descomunal guarnição de mais de 800 mil ho­mens.

Após destruir o poderio persa, Alexandre Magno pros­segue, conquistando terras e mais terras no Oriente. Ao chegar ao rio Indu, na índia, seus homens convencem-no a voltar à terra natal. Cansados e com saudades, eles alme­javam rever a Grécia e voltar ao convívio familiar.

Percebendo estar o moral de seu exército um pouco baixo para novas conquistas, o soberano macedônio resol­ve regressar. Foi-lhes a volta sobremodo penosa. Suporta­ram, por longos meses, alucinante sede e infindáveis cami­nhadas sobre desérticas regiões. Muitos tombaram sob o causticante calor do deserto.

Alexandre Magno, ao chegar a Babilônia, é recebido como um ente celestial. Tributam-lhe divinas honrarias. Para os pobres mortais, não havia ser tão glorioso como o príncipe macedônio. Os dias vindouros, contudo, revelam a verdade: o filho de Filipe II não passava de um homem de carne e osso, sujeito aos caprichos da natureza e limita­do pelos absolutos desígnios de Deus.

Tumba da época de Alexandre, o Grande
  Em 323 a.C., morreu repentinamente. Com ele, mor­reram também os seus sonhos de ecumenizar a humanida­de. Na cidade, palco de tantos acontecimentos impor­tantíssimos para a História, cai o bravo príncipe macedô­nio. O império desse jovem monarca não resiste à sua mor­te. Conforme profetizara Daniel, as possessões alexandri­nas são repartidas entre os mais ilustres militares gregos.

Coube a Lísimaco a Trácia e uma parte da Ásia Me­nor. A Cassandro, a Macedônia e a Grécia. A Seleuco, a Síria e o Oriente. E, a Ptolomeu, o Egito. De conformidade com as palavras do Senhor, o Império Grego foi dividido. Desfazia-se, assim, o sonho pan-helenístico de um grande visionário.
Uma das maiores realizações de Alexandre Magno foi a difusão universal da cultura grega. Esse magnífico em­preendimento cultural facilitaria, mais tarde, a propaga­ção global do Evangelho. O apóstolo Paulo, por exemplo, em suas viagens missionárias, não encontrou quaisquer di­ficuldades em se comunicar com os gentios, em virtude da internacionalização do koinê – grego vulgar. O historiador Robert Nichols Hasting afirma que os helenos deram subs­tancial contribuição ao plano salvífico de Deus.

III – GEOGRAFIA DA GRÉCIA
A Grécia constitui-se, praticamente, de uma penínsu­la localizada no Sudeste da Europa. Esse maravilhoso país é banhado por três mares: a leste, pelo Egeu; ao sul, pelo Mediterrâneo; e a oeste pelo Jônico. A Macedônia ficava ao norte. Nos primórdios, o território grego era conhecido como Acaia e limitava-se, ao sul da península. A região ocupada por Atenas, nessa mesma época, era denominada de Ática.

Toda recortada pelo mar, a Grécia é cercada por mui­tas ilhas e ilhotas. A natureza prodigalizou a Hélade com numerosas montanhas e abruptos declives. Negou-lhe, entretanto, caudalosos rios e extensas planícies. A hidrogra­fia grega é paupérrima. Por causa disso, os helenos só culti­vam sementes que resistam aos longos estios e às altas temperaturas.

Mapa de Conquistas de Alexandre, o Grande
  Em virtude da inclemência do clima e do solo de sua terra, os gregos começaram a dar asas à sua imaginação. Sonharam com outras terras e vislumbraram novos hori­zontes. Embevecidos de sonhos e esperanças, provocaram a sua diáspora, que durou do Século XII ao Século VI a.C. Eles fundaram colônias nas ilhas do mar Egeu, do mar Mediterrâneo e do mar Negro. Instalaram-se, ainda, na Ásia Menor, no Sul da Itália, no Norte da África e até em Massília, território ocupado, hoje, pela França.
A partir do Século IV a.C. a história da Grécia entre­laça-se à da Macedônia. É bom conhecermos, por conse­guinte, algumas particularidades geográficas desse país que, sob a roupagem helena, quase conquistou a Terra.

A Macedônia limitava-se, ao sul com a Grécia; ao les­te, com o mar Egeu e com a Trácia; ao norte, com os mon­tes balcânicos; e, a oeste, com a Trácia e o Ilíaco. Hodiernamente, o território macedônio é ocupado pela Grécia, Iugoslávia, Bulgária, Albânia e a parte européia da Tur­quia. O país de Alexandre Magno era uma vastíssima planície fértil, cercada de altas montanhas.

Na Macedônia, ficava a cidade de Filipos, onde o Evangelho, através de Paulo, foi pregado, pela primeira vez, em território europeu. Dessa região estratégica, a Pa­lavra de Deus estendeu-se por toda a Europa, alcançando milhões de almas. O território macedônio, portanto, serviu de importantíssima base missionária para o apóstolo dos gentios coroar de êxitos a sua carreira cristã.

Alexandre Magno, lançou-se da Macedônia para con­quistar o mundo. Do mesmo lugar, o apóstolo Paulo lan­çou-se à Europa para ganhar o mundo, mas, para Cristo. As glórias do príncipe macedônio, entretanto, feneceram. – E, as glórias do Evangelho? – Continuam a brilhar!

IV – OS GREGOS E OS JUDEUS
Mapa Grécia Antiga
  De acordo com alguns historiadores, o contato de Ale­xandre Magno com os judeus foi rápido e emocionante. O cronista hebreu Flávio Josefo narra-nos este encontro: “Dario, tendo sabido da vitória obtida por Alexandre sobre seus generais, reuniu todas as forças, para marchar contra ele, antes que se tornasse Senhor de toda a Ásia; depois de ter passado o Eufrates e o monte Tauro, que está na Cilícia, resolveu dar-lhe combate. Quando Sanabaleth viu que ele se aproximava de Jerusalém, disse a Manasses que cumpriria sua promessa logo que Dario tivesse vencido Alexandre, pois ele, e todos os povos da Ásia estavam con­victos de que os macedônios, sendo em tão pequeno núme­ro, não ousariam combater contra o formidável exército dos persas. Mas os fatos mostraram o contrário. A batalha travou-se: Dario foi vencido com graves perdas; sua mãe, sua mulher e seus filhos ficaram prisioneiros e ele foi obri­gado a fugir para a Pérsia. Alexandre, depois da vitória, chegou à Síria, tomou Damasco, apoderou-se de Sidom e sitiou Tiro. Durante o tempo em que ele esteve empenhado nessa empresa, escreveu a Jaddo, Grão-Sacrificador dos judeus, pedindo-lhe três coisas: auxílio, comércio livre com seu exército e o mesmo auxílio, que ele dava a Dario, garantindo-lhe que se o fizesse, não teria de que se arrepen­der, por ter preferido sua amizade à dele. O Grão-Sacrificador respondeu-lhe que os judeus tinham prometi­do a Dario, com juramento, jamais tomar as armas contra ele e por isso não podiam fazê-lo, enquanto ele vivesse. Alexandre ficou tão irritado com esta resposta, que man­dou dizer-lhes que logo que tivesse tomado Tiro, marcha­ria contra ele, com todo o seu exército, para ensinar-lhe, e a todos, a quem é que se devia guardar um juramento. Ata­cou Tiro com tanta força, que dela logo se apoderou; de­pois de ter regularizado todas as coisas, foi sitiar Gaza onde Bahémes governava em nome do Rei da Pérsia.

“Voltemos, porém, a Sanabaleth. Enquanto Alexan­dre ainda estava ocupado do cerco de Tiro, ele julgou que o tempo era próprio para realizar seu intento. Assim, aban­donou o partido de Dario e levou oito mil homens a Ale­xandre. O grande príncipe recebeu-o muito bem; disse-lhe então ele que tinha um genro de nome Manasses, irmão do Grão-Sacrificador dos judeus, que vários daquela nação se tinham juntado a ele pelo afeto que ele lhes tinha e que ele desejava construir um templo perto de Samaria; que S. Majestade disso poderia tirar grande vantagem, porque as­sim dividiria as forças dos judeus e impediria que aquela nação pudesse se revoltar por inteiro e causar-lhe dificul­dades, como seus antepassados tinham dado aos reis da Síria. Alexandre consentiu no seu pedido; mandou que se trabalhasse com incrível diligência na construção do tem­plo e constituiu Manasses Grão-Sacrificador; Sanabaleth sentiu grande alegria por ter granjeado tão grande honra aos filhos que ele teria de sua filha. Morreu, depois de ter passado sete meses junto de Alexandre no cerco de Tiro e dois no de Gaza. Quando este ilustre conquistador tomou esta última cidade, avançou para Jerusalém e o Grão-Sacrificador Jaddo, que bem conhecia a sua cólera contra ele, vendo-se com todo o povo em tão grave perigo, recor­reu a Deus, ordenou orações públicas para implorar o seu auxílio e ofereceu-lhe sacrifícios. Deus apareceu-lhe em so­nhos na noite seguinte e disse-lhe para espalhar flores pela cidade, mandar abrir todas as portas e ir revestido de seus hábitos pontificais, com todos os sacrificadores, também assim revestidos e todos os demais, vestidos de branco, ao encontro de Alexandre, sem nada temer do soberano, por que ele os protegeria.

“Jaddo comunicou com grande alegria a todo o povo a revelação que tivera e todos se preparam para esperar a vinda do rei. Quando se soube que ele já estava perto, o Grão-Sacrificador, acompanhado pelos outros sacrificadores e por todo o povo, foi ao seu encontro, com essa pompa tão santa e tão diferente da das outras nações, até o lugar denominado Sapha, que, em grego, significa mirante, por­que de lá se podem ver a cidade de Jerusalém e o templo. Os fenícios e os caldeus, que estavam no exército de Ale­xandre, não duvidaram de que na cólera em que ele se achava contra os judeus ele lhes permitiria saquear Jerusa­lém e dai ia um castigo exemplar ao Grão-Sacrificador. Mas aconteceu justamente o contrário, pois o soberano apenas viu aquela grande multidão de homens vestidos de branco, os sacrificadores revestidos com seus paramentos de Unho e o Grão-Sacrificador, com seu éfode, de cor azul, adornado de ouro, e a tiara sobre a cabeça, com uma lâmi­na de ouro sobre a qual estava escrito o nome de Deus, aproximou-se sozinho dele, adorou aquele augusto nome e saudou o Grão-Sacrificador, ao qual ninguém ainda havia saudado. Então os judeus reuniram-se em redor de Ale­xandre e elevaram a voz, para desejar-lhe toda sorte de fe­licidade e de prosperidade. Mas os reis da Síria e os outros grandes, que o acompanhavam, ficaram surpresos, de tal espanto que julgaram que ele tinha perdido o juízo. Parmênio, que gozava de grande prestígio, perguntou-lhe como ele, que era adorado em todo o mundo, adorava o Grão-Sacrificador dos judeus. Não é a ele, respondeu Ale­xandre, ao Grão-Sacrificador, que eu adoro, mas é a Deus de quem ele é ministro. Pois quando eu ainda estava na Macedônia e imaginava como poderia conquistar a Ásia, ele me apareceu em sonhos com esses mesmos hábitos e me exortou a nada temer; disse-me que passasse corajosamen­te o estreito do Helesponto e garantiu-me que ele estaria à frente de meu exército e me faria conquistar o império dos persas. Eis por que, jamais tendo visto antes a ninguém re­vestido de trajes semelhantes aos com que ele me apareceu em sonho, não posso duvidar de que foi por ordem de Deus que empreendi esta guerra e assim vencerei a Dario, des­truirei o império dos persas e todas as coisas suceder-me-ão segundo meus desejos.

“Alexandre, depois de ter assim respondido a Parmênio, abraçou o Grão-Sacrificador e os outros sacrificadores, caminhou depois no meio deles até Jerusalém, subiu ao templo, ofereceu sacrifícios a Deus da maneira como o Grão-Sacrificador lhe dissera que devia fazer. O soberano Pontífice mostrou-lhe em seguida o livro de Daniel no qual estava escrito que um príncipe grego destruiria o império dos persas e disse-lhe que não duvidava de que era ele de quem a profecia fazia menção.
“Alexandre ficou muito contente; no dia seguinte, mandou reunir o povo e ordenou-lhe que dissesse que favo­res desejava receber dele. O Grão-Sacrificador respondeu-lhe que eles lhe suplicavam permitir-lhes viver segundo suas leis, e as leis de seus antepassados e isentá-los no séti­mo ano, do tributo que lhe pagariam durante os outros. Ele concedeu-lho. Tendo-lhe, porém, eles pedido que os judeus que moravam na Babilônia e na Média, gozassem dos mes­mos favores, ele o prometeu com grande bondade e disse que se alguém desejasse servir em seus exércitos ele o per­mitiria viver segundo sua religião e observar todos os seus costumes. Vários então alistaram-se.”

Após a morte de Alexandre Magno, como já dissemos.

O Império Grego foi dividido entre quatro generais: Lísimaco, Cassandro, Ptolomeu e Seleuco. Ambiciosos, auto-coroaram-se e trataram de solidificar seus reinos. Seus inte­resses entrechocaram-se muitas vezes, ocasionando violen­tas escaramuças. Esses potentados subsistiram até a as­censão do Império Romano.

Deter-nos-emos, entretanto, apenas nas crônicas ptolomaicas e selêucidas, por causa de seu relacionamento com os filhos de Israel.

Império Grego após a morte de Alexandre, o Grande

1 – Os Ptolomeus
Sob a égide dos Ptolomeus, experimenta o Egito um grande progresso. Em virtude de sua formidável e ágil frota, torna-se o mais poderoso reino grego. Não obstante as guerras e a política agressiva da Síria, consegue manter sua supremacia até o Século II a.C. Quando da ascensão da dinastia ptolomaica, havia, na mais florescente cidade egípcia – Alexandria – uma grande colônia judaica.
Complacentes e liberais, os ptolomeus permitiram aos dispersos de Judá o cultivo de suas tradições e a adoração de Jeová. Tão magnânimos eram esses soberanos que, in­clusive, incentivavam os judeus a continuar a praticar os ritos mosaicos. Ptolomeu Filadelfo, por exemplo, enco­mendou aos eruditos hebreus a tradução do Antigo Testa­mento em língua grega. Essa versão, composta em primo­roso e escorreito grego, é conhecida como a Septuaginta. Em Alexandria, ainda, os dispersos filhos de Abraão foram autorizados a construir um templo para perpetuar o nome do Santo de Israel.

Ventos de destruição e morte, entretanto, acabariam com a bonança da progressista comunidade judaica egíp­cia. Tudo aconteceu com a ascensão de Ptolomeu IV. Esse soberano, conhecido também como Filopator, encetou uma campanha militar de grande envergadura contra Antíoco, o Grande, com o objetivo de reconquistar a Pales­tina.

Depois de derrotar os sírios e entrar triunfalmente em Jerusalém, começou a urdir perigoso e sacrílego plano: en­trar no Santo Templo. Descobrindo-lhe o intento, os ju­deus puseram-se à porta da Casa do Senhor e, com incontido fervor, começaram a gritar e a protestar contra essa ignominiosa intenção.

Severamente pressionado, Filopator contém-se e não entra no santuário-maior do povo israelita. Todavia, a par­tir daquele momento, devota-lhe incontrolável ódio. De volta ao Egito, começa a perseguir os judeus e, conseqüen­temente, a perder o importante respaldo político da comu­nidade israelita plantada em solo egípcio.

Dessa época em diante, o reino ptolomaico começa a perder a sua importância. O cenário político do Oriente Médio, doravante, seria dominado pela Síria.

2 – Os Selêucidas
A Síria experimentou grande progresso sob o reinado dos selêucidas. Com o seu poderoso exército, fez aguerrida oposição às intenções hegemônicas dos ptolomeus. No período inter-testamental, influiu, grandemente, na políti­ca do Oriente Médio. E, por causa de suas intenções de helenizar a região, principalmente a Judéia, tornou-se gran­de opositora da nação de Israel.

O império selêucida recebe o nome de seu primeiro so­berano. Após a morte de Alexandre Magno, o audaz e am­bicioso Seleuco estabelece poderoso reino na Síria. Os três primeiros monarcas selêucidas mantiveram trato amigável com os judeus. Antíoco III, por exemplo, não obstante suas intenções de anexar a Palestina, é aclamado como liberta­dor pelos filhos de Israel. Seus ímpetos expansionistas são refreados, todavia, por Roma.

Antíoco III é substituído pelo seu filho, Antíoco Epífanes. Movido por incontrolável ódio, perseguiu violenta­mente os judeus. – Qual o motivo de sua inexplicável ira? -Segundo Flávio Josefo, ele foi levado a agir de forma tão insana ao ver frustrado o seu plano de helenizar a Judéia.

Encarnando o próprio Diabo, esse contumaz e demen­te soberano entrou em Jerusalém e profanou o santo Tem­plo. No lugar santíssimo, sacrificou uma porca. Os judeus, entretanto, não se conformam. Sob a liderança dos Macabeus, rebelaram-se e humilharam o agressor. A revolta macabéia é uma das mais belas páginas da nação judaica.

V – FIM DO IMPÉRIO GREGO
Esfacelado e arruinado por disputas intestinas, che­gou ao fim o glorioso Império Grego. Em seu lugar, levan­ta-se o terrível e assombroso animal, visto por Daniel sécu­los antes. O Império Romano, de acordo com a visão do santo profeta, seria diferente de todos os outros – conquis­taria, esmagaria. Qual desamparada virgem, a nação de Israel sentiria, também, quão férreas e afiadas são as gar­ras de Roma.

Fonte: Fontes: Bíblia, AdventismoemFoco e MagnusNascimento.Wordpress, JW, Paralipomenos
Referências Bíblicas: Atos dos Apóstolos; Crônicas I e II; Daniel; Ezequiel 26:3-5, 12; 27:32-36; Zacarias 9:3, 4; Mateus 4:25; Marcos 5:20; 7:31 outras)
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