domingo, 1 de maio de 2016

1 - EGITO

7 POTÊNCIAS MUNDIAIS DESCRITAS NA BÍBLIA (SÉRIE)




FAMOSO por suas pirâmides e pelo rio Nilo, o Egito foi a primeira potência mundial da história bíblica. Sob seu domínio foi formada a nação de Israel. Moisés, que escreveu os cinco primeiros livros da Bíblia, nasceu e foi educado no Egito. Será que a arqueologia e a História confirmam o que Moisés escreveu sobre aquela antiga nação? Analise alguns exemplos.

SOBRE OS EGíPCIOS

Tutmés III, (menkheperu-re)
1457-1425 a.c.
- Títulos e termos.
A evidência de exatidão histórica costuma ser revelada nos detalhes: costumes, etiqueta, nomes e títulos de funcionários, e assim por diante. Como os dois primeiros livros da Bíblia, Gênesis e Êxodo, se saem nesse sentido? A respeito da narrativa de Gênesis sobre José — um dos filhos do patriarca Jacó — e do livro bíblico de Êxodo, J. Garrow Duncan diz em seu livro New Light on Hebrew Origins (Nova Luz sobre as Origens Hebraicas): “[O escritor bíblico] estava bem familiarizado com o idioma, os costumes, as crenças, a vida na corte, a etiqueta e a burocracia do Egito.” Ele acrescenta: “[O escritor] utiliza o título vigente correto, exatamente conforme era usado no período mencionado. . . . Duncan também diz: “Quando [o escritor] descreve os personagens na presença do Faraó, ele os retrata seguindo a devida etiqueta da corte e usando o linguajar apropriado.”

- Fabricação de tijolos.
Durante o período de escravidão no Egito, os israelitas faziam tijolos de barro misturado com palha, que servia para dar liga. (Êxodo 1:14; 5:6-18) * Alguns anos atrás, o livro Ancient Egyptian Materials and Industries (Materiais e Indústrias do Egito Antigo) dizia: “Poucos países têm fabricado mais tijolos do que o Egito, onde tijolos secos ao sol continuam sendo, como sempre foram, o material de construção típico do país.” O livro também menciona “a prática egípcia de usar palha para fazer tijolos”, confirmando assim esse detalhe adicional registrado na Bíblia.

- Aparência pessoal
Os homens hebreus da antiguidade usavam barba. Mas a Bíblia diz que José se barbeou antes de comparecer perante Faraó. (Gênesis 41:14) Por que ele fez isso? Em respeito à etiqueta e aos costumes egípcios, que consideravam pelos no rosto um sinal de impureza. “[Os egípcios] se orgulhavam de não ter barba”, comenta o livro Everyday Life in Ancient Egypt (O Cotidiano no Egito Antigo). De fato, estojos com lâminas, pinças e espelhos foram encontrados em túmulos. Fica claro que Moisés era um cronista meticuloso. O mesmo pode ser dito de outros escritores bíblicos que documentaram eventos relacionados ao Egito antigo.

- Negócios
Jeremias, que escreveu os dois livros dos Reis, deu detalhes sobre o comércio de cavalos e carros entre o Rei Salomão e os egípcios e hititas. A Bíblia diz que um carro custava “seiscentas moedas de prata e um cavalo . . . cento e cinquenta”, ou seja, 25% do preço de um carro. — 1 Reis 10:29.

Segundo o livro Archaeology and the Religion of Israel (Arqueologia e a Religião de Israel), o historiador grego Heródoto e descobertas arqueológicas confirmam que existia um comércio intenso de cavalos e carros durante o reinado de Salomão. De fato, “havia uma taxa de câmbio estabelecida de quatro . . . cavalos para um carro egípcio”, diz o livro, comprovando os valores mencionados na Bíblia.

- Guerras
Jeremias e Esdras também mencionam a invasão de Judá pelo Faraó Sisaque, dizendo especificamente que isso ocorreu “no quinto ano do Rei Roboão [de Judá]”, ou seja, em 993 AEC. (1 Reis 14:25-28; 2 Crônicas 12:1-12) (Veja mais sobre isso em outros posts da Página)

- Profecias confiáveis
Somente Deus, o Autor da Bíblia, pode prever o futuro com precisão. Note, por exemplo, o que ele inspirou Jeremias a predizer sobre duas cidades egípcias: Mênfis e Tebas. Mênfis, ou Nofe, foi no passado um destacado centro comercial, político e religioso. Mesmo assim, Deus disse: “A própria Nofe tornar-se-á mero assombro e será realmente incendiada, de modo a ficar sem habitante.” (Jeremias 46:19) E foi isso mesmo que aconteceu. O livro In the Steps of Moses the Lawgiver (Nos Passos de Moisés — o Legislador) diz que “as ruínas gigantescas de Mênfis” foram saqueadas por conquistadores árabes, que usaram os destroços em suas construções. Ele acrescenta que hoje “dentro do perímetro da cidade antiga não sobressai nenhuma pedra acima do solo escuro”.

Tebas, antes chamada Nô-Amom ou apenas Nô, e seus deuses inúteis tiveram um fim similar. Sobre essa cidade, que havia sido capital do Egito e o principal centro de adoração do deus Amom, Deus disse: “Eis que volto a minha atenção para Amom . . . e para Faraó, e para o Egito, e para os seus deuses . . . E vou entregá-los. . . na mão de Nabucodorosor, rei de Babilônia.” (Jeremias 46:25, 26) Conforme profetizado, esse rei babilônio conquistou o Egito e a importante cidade de Nô-Amom. Em 525 AEC, a cidade sofreu outro ataque, dessa vez às mãos do rei persa Cambises II. Daí em diante, sua decadência foi constante até que por fim foi completamente destruída pelos romanos. Sem dúvida, por causa de suas profecias exatas, a Bíblia é um livro incomparável. Isso nos dá confiança de que suas predições sobre o nosso futuro também se cumprirão.

- Uma esperança confiável
A primeira profecia registrada na Bíblia foi escrita por Moisés na época em que o Egito era a potência mundial. * Ela está em Gênesis 3:15 e declara que Deus produziria um “descendente” que esmagaria Satanás e seu “descendente”, isto é, todos os que seguem os modos perversos do Diabo. (João 8:44; 1 João 3:8) Com o tempo, ficou provado que a parte principal do “descendente” de Deus era o Messias, Jesus Cristo. — Lucas 2:9-14.

O reinado de Cristo abrangerá a Terra inteira, e ele removerá dela toda a maldade e os opressivos governos humanos. Nunca mais ‘homem dominará homem para seu prejuízo’. (Eclesiastes 8:9) Além disso, igual a Josué, que liderou Israel até a Terra Prometida, Jesus conduzirá em segurança “uma grande multidão” de humanos fiéis a uma “Terra Prometida” sem comparação — uma Terra purificada que será transformada num paraíso global. — Revelação (Apocalipse) 7:9, 10, 14, 17; Lucas 23:43.

Essa esperança maravilhosa nos lembra de outra profecia registrada na época do Egito antigo. Ela está em Jó 33:24, 25 e diz que Deus libertará os humanos até mesmo da “cova”, ou sepultura, por meio da ressurreição. Assim, além dos que serão poupados da futura destruição dos perversos, muitos milhões que já morreram voltarão a viver com a perspectiva de vida eterna no Paraíso na Terra. (Atos 24:15) “A tenda de Deus está com a humanidade”, diz Revelação 21:3, 4. “[Ele] enxugará dos seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem clamor, nem dor.”

Profecias e história confiáveis — esse assunto continuará sendo analisado no próximo artigo desta série, que se concentrará na Assíria antiga, a potência mundial que sucedeu o Egito.

7 POTÊNCIAS MUNDIAIS DESCRITAS NA BÍBLIA (SÉRIE)


A Bíblia foi escrita num período de cerca de 1.600 anos. Sua história e profecias estão relacionadas a sete potências mundiais: Egito, Assíria, Babilônia, Medo-Pérsia, Grego/ Macedônico, Roma e, por último, a Anglo-Americana. Cada uma delas será considerada numa série de sete artigos descritos na página.

Qual o objetivo? Mostrar que a Bíblia altamente confiável e também inspirada por Deus e contém uma mensagem de esperança para todos os que nela creem.


Fonte: JW e Adventismoemfoco

RELATOS PERSAS EM VERSOS DE NABONIDO



Como Daniel pôde dizer que o último rei da Babilônia foi Belsazar, se os registros tido diziam que foi Nabonido?


PROBLEMA:
Daniel 5 registra a queda da Babilônia e identifica o rei babilônico como Belsazar. Entretanto, nem historiadores gregos nem babilônicos registram a existência de tal pessoa. Na verdade, historiadores antigos relatam que o último rei do império babilônico foi Nabonido. Então o registro de Daniel está errado?

SOLUÇÃO: Essa discussão entre os historiadores se arrastou por anos até que o registro histórico sobre Belsazar feito por Daniel foi recentemente confirmado por uma evidência arqueológica. Nabonido foi rei da Babilônia de 556 a 539 a.C. Entretanto, de acordo com um documento em escrita cuneiforme, conhecido como "Relato Persa em Versos de Nabonido", no terceiro ano do seu reinado, por volta de 553 a.C, Nabonido deixou a Babilônia, numa longa viagem, deixando o governo nas mãos de seu filho primogênito, Belsazar. Quando Ciro derrotou a Babilônia, Nabonido achava-se em Tema, no norte da Arábia. Como Belsazar era subordinado a Nabonido, o seu nome foi esquecido, porque os historiadores antigos, tanto babilônicos como gregos, referiam-se aos reinados oficialmente constituídos. O registro de Daniel foi assim comprovado como sendo surpreendentemente preciso.

Existem textos que nos dão certeza de quem foi Belsazar, são os textos cuneiformes de seu pai, Nabonido:

"E no coração de Belsazar, meu filho primogênito, rebento das minhas entranhas, põe o temor da tua augusta divindade, para que ele não cometa nenhum pecado e para que tenha o suficiente da plenitude da vida".

Aqui se torna evidente que Belsazar era príncipe herdeiro, portanto o segundo homem da Babilônia. Sendo Belsazar o segundo homem da Babilônia, claramente se justifica o fato dele ter oferecido o terceiro posto de seu reino para quem decifrasse a inscrição na parede (Dan. 5:7). Outro detalhe que precisamos nos ater é que todas as narrativas bíblicas tem as suas razões de ser por conter a Palavra de Deus, que por sua vez, sempre apresentará a verdade dos fatos como eles realmente foram e são, ainda que não comprovados historicamente. Deus jamais permitiria que algo grotesco e enganoso estivesse presente em sua Palavra.



Fontes Pesquisadas:
  • GEISLER, Norman; HOWE, Thomas. Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e "Contradições" da Bíblia. 1ª Ed. São Paulo: Mundo Cristão, 1999.
  • KELLER, Werner. E a Bíblia Tinha Razão: 18ª ed.: São Paulo: Melhoramentos. 1992.

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OBELISCO NEGRO DE SALMANASAR III


Uma das maiores descobertas da arqueologia bíblica da Humanidade, mostra o então, só relatado na Bíblia, rei Jeú de Israel se prostrando perante um rei Assírio, a Bíblia diz que Jeú não foi bem ao olhos de Deus durante seu reinado, confira.


"Corria o ano de 1845. Era um inverno rigoroso. Diversos homens trabalhavam em Calah (antiga Ninrode) sob a supervisão do arqueólogo britânico Henry Layard. Devido ao frio intenso e ao solo duro, ficava cada vez mais difícil escavar. Para complicar a situação, o dinheiro que financiava a escavação estava acabando!

Layard pediu para seus homens trabalharem apenas mais um dia. Minutos depois de eles terem voltado às escavações, todo esforço foi recompensado. Eles fizeram uma das descobertas mais importantes da arqueologia bíblica! Trata-se do Obelisco* Negro de Salmanasar III, rei assírio que reinou entre os anos 858 até 824 a.C.

Os especialistas em escrita cuneiforme começaram então a traduzir as quase 200 linhas de textos desse rei. Elas falavam de vários governantes de diversos lugares que haviam presenteado Salmanasar III e lhe prestado homenagem, prostrando-se diante dele.

Vários nomes bem diferentes dos nossos estavam no texto: Marduk-apil-usur, rei de Suhi, Qalparunda, rei de Patin, Jeú, rei de Israel… Rei de Israel? Sim, o obelisco encontrado por Layard continha o nome de um rei de Israel que a Bíblia também menciona. E, para surpresa geral, havia uma “foto”, um relevo de Jeú ajoelhado diante do monarca assírio!

O texto, que está logo após o relevo do personagem bíblico, diz: “Tributo de Jeú, filho de Omri. Prata, ouro, vasos de prata… cetros para a mão do rei [e] dardos, [Salmanasar] recebeu dele.” O rei de Israel não deveria reverenciar um ser humano, já que essa é uma prática que a própria Bíblia condena (Êx 20:3). Só essa informação já nos basta para descobrir que Jeú não era um bom servo de Deus. A Bíblia diz que ele “não teve o cuidado de andar de todo o coração na lei do Senhor, Deus de Israel” (2Rs 10:31).

Hoje, o Obelisco Negro de Salmanasar III pode ser visto no Museu Britânico, em Londres. Provavelmente, Jeú nem imaginava que sua atitude errada seria registrada numa “foto” e que ela seria guardada para a posteridade! É por isso que devemos cuidar das nossas atitudes. Nosso caráter é revelado justamente em momentos em que pensamos que ninguém está nos vendo."


(Luiz Gustavo S. Assis é formado em Teologia e é capelão do Colégio Adventista de Esteio, RS)


Fonte: prfernandocdias
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